CredRisk Marine

Diretores Financeiros e de Supply Chain. A importância dessa aliança

Diretores Financeiros e de Supply Chain. A importância dessa aliança

Em crises como a atual, a redução de custos é alçada ao topo das prioridades corporativas e os CFOs voltam a atenção para as cadeias de abastecimento à busca de economias. Eficiência de custos, por exemplo, sempre esteve em alta nas agendas corporativas, mas, à medida que as empresas entendem que a insegurança econômica veio para ficar, as cadeias de abastecimento ganham um forte viés estratégico. 

Por isso é essencial criar uma estrutura de Supply Chain alinhada com a estratégia e os objetivos do negócio como um todo. Eficiência também é fundamental para aproveitar oportunidades de mercado e conforme as empresas entendem a importância da busca por esse equilíbrio, o papel do Diretor de Supply Chain ganha relevância e ele chega ao topo da pirâmide, como um par para o CFO.

A contribuição de um CFO confiável vai além dos processos financeiros tradicionais, incluindo uma forte contribuição comercial e estratégica. Esse profissional está colaborando de perto com outras funções, não apenas em termos de monitorar gastos, reportar resultados e gerir riscos, mas também como apoiador e facilitador da melhoria de performance.

CFO e líderes de Supply Chain têm trabalhado cada vez mais próximos para entender, analisar e atuar sobre questões da cadeia de abastecimento. Nas empresas onde esse tipo de parceria está estabelecida, o CFO está contribuindo com sua perspectiva única, baseada em fatos, para a resolução de problemas, oferecendo insights para decisões bem informadas. Juntos, o CFO e os líderes de Supply Chain estão criando um alinhamento entre estratégia, finanças e operações, que revela valores camuflados na organização, fortalecendo a performance estratégica.

Empresas com modelos de parceria interna entre Finanças e Supply Chain tem performance financeira superior às que atuam de forma tradicional e têm melhor tendência de crescimento. 

São quatro as principais áreas de foco para atuação parceira do CFO junto à cadeia de abastecimento:

  • Criação de consistência entre a cadeia de abastecimento e a estratégia do negócio;
  • Apoio em decisões de investimento;
  • Monitoramento e aprimoramento da performance;
  • Gestão de risco e continuidade do negócio.


A transição do CFO de uma função centrada em monitoramento, relatórios e controles para uma atuação mais ampla é objeto de muitos estudos e vem ganhando relevância em empresas de ponta. 

Quando se trata da cadeia de suprimentos, o CFO parceiro de negócios ainda é minoria, mas muitos executivos consideram que seu relacionamento se tornou mais colaborativo nos últimos anos. A CredRisk Marine acredita que em breve veremos o CFO aumentar ainda mais seu envolvimento com a cadeia de suprimentos.

Quando a crise chega, muitas empresas enfrentam restrições de liquidez. Para liberar caixa, melhorar o desempenho do capital de giro e fortalecer balanços, as empresas embarcaram em ambiciosos programas de cortes de custos. Para muitos CFOs a cadeia de suprimentos é o primeiro lugar onde procurar.

O CFO deve tomar medidas ativas para alinhar a organização financeira com a cadeia de abastecimento para garantir que os resultados sejam o foco de decisões. A cadeia de abastecimento é a maior prioridade em termos de moldar as operações da empresa para apoiar a estratégia e, também, para torná-la mais eficiente e ágil.

Nos últimos anos, desastres naturais e outros eventos que afetam as cadeias de abastecimento globais raramente estiveram longe das notícias. Muitas empresas lutam para identificar os riscos escondidos em suas cadeias de suprimentos, principalmente nas camadas secundária e terciária.

Graças à sua perspectiva ampla, o CFO está em posição de melhorar a visibilidade de ponta a ponta de toda a cadeia e ajudar a identificar e gerenciar os riscos. Com visão holística dos dados da empresa, ele pode ajudar a proteger a saúde financeira e de reputação da empresa usando planejamento de cenários.

As cadeias de suprimentos muitas vezes não são apenas complexas, mas mal integradas, falta visibilidade ponta a ponta e há dependência de sistemas e processos diferentes, muitas vezes incompatíveis. Em colaboração com o líder da cadeia de suprimentos, o CFO pode desvendar essa complexidade e identificar maneiras de melhorar a visibilidade.

São várias as maneiras pelas quais as empresas podem se beneficiar da parceria entre finanças e operações:

  • Impulsionar a inovação multifuncional

As melhores ideias tendem a florescer quando olhamos para os problemas com uma nova perspectiva. Ao erodir as fronteiras organizacionais e reunir equipes de diferentes áreas funcionais, a parceria de negócios pode atuar como um poderoso catalisador de novas ideias e inovação.

  • Alinhamento de prioridades

As empresas têm melhor desempenho quando há foco e alinhamento em torno das prioridades corporativas. Mas é comum que as metas de desempenho das várias áreas tenham consequências indesejadas em outras partes da empresa. O CFO pode ser o mediador entre as áreas, ajudando a garantir consistência e alinhamento em torno dos objetivos.

  • Fortalecer a tomada de decisões de investimento

O CFO desempenha um papel ativo em todo o ciclo de investimentos. Ao trazer rigor e percepção para apoiar e desafiar a tomada de decisões, ele pode maximizar as chances de tomar as decisões certas. Essa abordagem colaborativa traz eficácia para as decisões de investimento da cadeia de abastecimento. 

  • Criar visibilidade de ponta a ponta para impulsionar o desempenho

O CFO pode eliminar silos de informações, criando visibilidade de ponta a ponta entre atividades comerciais e operacionais. Com melhores informações fluindo pelo sistema, as empresas podem criar uma imagem mais precisa da demanda, o que ajuda a fortalecer o planejamento e as previsões, melhorando o desempenho do capital de giro.

Ao melhorar o fluxo de informações em toda a empresa, o CFO pode desenvolver uma compreensão mais profunda dos riscos, adotando uma perspectiva estratégica e de longo prazo sobre os mesmos e garantindo que o negócio seja capaz de responder com eficácia quando o inesperado acontecer.

Tradicionalmente, a área financeira tem um forte papel de monitoramento do desempenho, incluindo:

  1. Definir e acompanhar indicadores-chave;
  2. Avaliar se as metas estão sendo alcançadas;
  3. Determinar se outras ações são necessárias para resolver problemas de desempenho.

Num relacionamento de parceria a atuação da área financeira vai muito além disso, ajudando as áreas funcionais a realmente impulsionar o desempenho:

Usando dados para criar uma “versão única da verdade”

O CFO tem a oportunidade de ajudar a padronizar a linguagem, a medição, as ferramentas e os KPIs em toda a organização. Isso cria consistência e esclarece as metas para diferentes áreas funcionais.

Avaliando e gerenciando equilíbrio

O CFO tem uma visão relativamente objetiva dos negócios, com base em números frios e concretos. Isso significa que ele pode servir como intermediário entre as áreas funcionais e avaliar o equilíbrio entre objetivos divergentes.

Ajudando a selecionar o melhor modelo operacional

A escolha do modelo operacional para a cadeia de suprimentos pode desempenhar um papel importante na promoção de melhorias de desempenho. Um modelo centralizado não apenas ajuda a aumentar a eficiência de custos, mas também pode atingir uma meta mais ampla de criação de valor. Ao reunir experiência em compras em um só lugar, as empresas oferecem maior visibilidade, permitem controle rigoroso e facilitam a melhoria de processos em toda a cadeia de valor.

Alguns passos rumo a uma parceria de negócios de sucesso

  • Reserve tempo para a cadeia de abastecimento: A maioria dos CFOs concilia muitas prioridades diferentes e se esforça para atender às demandas dentro do prazo. Para tornar as parcerias de negócios eficazes, é necessário um compromisso de tempo e recursos;

  • Aloque recursos financeiros na cadeia de abastecimento: As responsabilidades da parceria de negócios não devem ser exclusivas do CFO. Os líderes financeiros precisam pensar sobre como a função financeira apoia a cadeia de suprimentos e garantir que haja uma estrutura para encorajar a colaboração. Um modelo comum é incorporar parceiros de negócios financeiros em pontos estratégicos da cadeia de suprimentos;

  • Participar do planejamento de vendas e operações: O planejamento de vendas e operações (S&OP) é ​​o centro nevrálgico do negócio e um elo vital entre os lados comercial e operacional. O CFO deveria desempenhar um papel central no S&OP, fornecendo insights e informações para ajudar a garantir o alinhamento entre as funções e com a estratégia mais ampla;

  • Tenha os dados: Muitas empresas contam com múltiplas fontes de dados em diferentes áreas funcionais. Isso cria inconsistências nas decisões e benchmarks. Ao ajudar a eliminar esses “silos de informações”, o CFO pode fornecer uma imagem mais consistente e evitar várias interpretações. Assumir a propriedade dos dados e apresentar uma “versão única da verdade” desarma os argumentos sobre em quais números acreditar e facilita um diálogo mais construtivo sobre como transformar insights em ação;

  • Fique envolvido em todo o ciclo de investimento: Os parceiros de negócios vão além da responsabilidade tradicional de finanças como o “guardião” do investimento e da alocação do orçamento. Eles também desempenham um papel de apoio, ajudando a fortalecer o caso de negócios para investimentos, explorar alternativas entre as decisões de "fazer ou comprar" e educar os parceiros sobre como ser mais eficaz nas escolhas de investimento. Isso significa estar envolvido em todo o ciclo de vida do investimento, desde a escolha de um ativo para investir até a gestão de seu desempenho, aposentando-o ou reinvestindo nele;

  • Ajude a construir um modelo operacional integrado: Quando empresas de alto desempenho projetam seu modelo de negócios, elas abordam todas as camadas que podem aprimorar o desempenho. Em última análise, a competição de mercado se resume ao desempenho de um modelo operacional em relação a outro. O CFO e os líderes da cadeia de suprimentos têm a oportunidade de construir uma estrutura integrada, econômica e eficaz que coloca a empresa em uma posição melhor para criar valor para o acionista;

  • Foque a cadeia de abastecimento nas métricas que importam: muitas empresas adotam múltiplas métricas de desempenho à cadeia de suprimentos para lidar com desafios e prioridades específicas. No entanto, quando as equipes têm muitas métricas diferentes como incentivos, o resultado pode ser confusão e falta de clareza em torno dos objetivos reais da organização. Incentivos específicos podem ajudar a melhorar o desempenho, mas às vezes podem ter consequências indesejadas. Considere, por exemplo, uma função de manufatura que é encorajada a empurrar o maior número possível de produtos através da cadeia de suprimentos para manter os custos unitários baixos. Ao atingir seus próprios objetivos, isso pode causar problemas em outros lugares com um acúmulo de estoque desnecessário;

  • Analise profundamente a cadeia de abastecimento em busca de riscos: A maioria das empresas têm cadeias de suprimentos complexas altamente globais que compreendem camadas primárias, secundárias e às vezes terciárias. Com as operações acontecendo longe do controle direto da empresa, pode ser um desafio identificar as exposições, compreender e mitigar esses riscos.

Trabalhando junto com os líderes das cadeias de suprimentos, o CFO deve se concentrar em ganhar visibilidade nas camadas secundária e terciária da cadeia de suprimentos e garantir que eles tenham o controle apropriado sobre seus parceiros externos. Nós da CredRisk Marine podemos ajudar a sua empresa a manter o seu crescimento, entre em contato com um de nossos consultores e tenha essa e outras soluções o quanto antes.